Boa leitura e vamos à luta.
A BATALHA PELOS TERMINAIS
A prefeitura tem a intenção de privatizar os terminais de Fortaleza como a mais nova façanha de Roberto Cláudio na mobilidade urbana. Inicia-se um novo ciclo de lutas pelo Transporte em uma arena até então impensável aos movimentos sociais da cidade. Isso só demonstra o quanto a realidade é dinâmica.
Aos fatos:
- Construídos durante a primeira administração de Juraci Magalhães (1990-1992)¹, os 7 terminais de Fortaleza recebem diariamente mais de 1 milhão de passageiros² e nunca passaram por reforma ou ampliação digna de citação. A tática do sucatear e privatizar parece muito clara aqui.
- A operação do sistema custa à ETUFOR R$ 2 milhões de reais por mês ou R$ 24 milhões por ano.
- O prefeito afirma que é necessário um Investimento de R$ 84 milhões para reforma e ampliação dos terminais³.
A lógica presente aqui é a da mercantilização de mais esse espaço público. Os terminais podem transformar-se em verdadeiros shopping centers com seguranças privados com plena liberdade para por exemplo cometer abusos contra os mais pobres. Junto com isso, alguns serviços tanto poderão como deverão ser cobrados, a exemplo do que acontece na Rodoviária Engenheiro João Thomé onde o uso do banheiro é pago.
Nessa batalha pelos terminais está em jogo, também, o futuro dos atuais permissionários que têm no negócio dentro do terminal a sua fonte de renda.
Mais do que nunca os trabalhadores de Fortaleza precisam posicionar-se e com organização, não só impor uma derrota aos planos do prefeito como exigir a reforma e ampliação do sistema de terminais e a sua manutenção como espaço público operado pela ETUFOR. Eis a linha mais que necessária para o momento: Em defesa do transporte público de qualidade em Fortaleza, todos na luta contra a política privatista de Roberto Cláudio.
Notas:
¹ Dados da Wikipedia
² Dados do Anuário de Fortaleza 2012-2013
³ Dados do Jornal O Povo
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