sábado, 17 de setembro de 2011

Desculpas resolvem? Não! Zero pra Zara e pronto.


Os donos da Zara vieram ao Brasil pedir desculpas pelo episódio dos trabalhadores bolivianos em regime de escravidão descobertos em suas oficinas em agosto deste ano. A multinacional se diz "vítima" no caso de "subcontratação não autorizada". Tadinha da Zara. Deu até dó. Enganada pelos malvados "ateliês" clandestinos. A empresa ficou tão revoltada que anunciou o fim do uso da mão de obra de trabalhadores estrangeiros no Brasil e do uso da terceirização em sua produção.... aliás... quer dizer.... ela não fez isso não e.... nem vai fazer.

Na verdade a Zara é somente um caso dentro do imenso número de empresas que escravizam ou semi-escravizam trabalhadores por todo o mundo. E enquanto elas puderem se deleitar dos sabores da escravidão o farão simplesmente fazendo de conta que não sabem de onde vem tais delícias. E se por acaso forem pegas com a boca na botija aí é só usar o discurso de sempre, o bom e velho "eu não sabia". A Zara não é a primeira nem será a última. Nike, Wallmart, Microsoft e Apple são só algumas das grandes marcas que foram pegas "diversificando" sua mão de obra.

A lógica de toda e qualquer empresa é só uma: LUCRAR. Não há nenhuma novidade nisso. Quanto menos "custo" for possível desprender para produzir suas mercadorias maior o lucro as empresas. E o que for possível ser feito para isso será feito e se as empresas encontrarem um terreno propício para não pagar direitos sociais, aumentar a jornada de trabalho, não propiciar mínimas condições de higiene, o trabalho escravo naturalmente ganhará enorme vitalidade. Não é a toa que a China é a fábrica do mundo.

Então quer saber? Conta outra Zara.

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