Foi na manhã de um domingo. No dia 22 de janeiro deste mesmo 2012. Hoje, quarta de cinzas, faz um mês que a cobiça atropelou a esperança, a vida, a saúde de idosos, a alegria das crianças... O #Pinheirinho foi destroçado por tratores em defesa da santa, divina e imaculada propriedade privada dos ricos.
Muito já se passou desde então. A PM da Bahia já fez greve. A do Rio também. Prenderam bombeiro grevista no Rio. Demitiram agente de trânsito grevista em Fortaleza. Privatizaram aeroportos (chamaram de concessão). Censuraram propaganda que mostrava gays namorando. Uma ministra pró-aborto foi nomeada pra em seguida dizer que não pode fazer nada em defesa do aborto. Um operário foi morto pela PM em Rondônia. Doze estudantes foram presos injustamente na USP. O carnaval chegou ao fim... Muito já se passou. Mas e as 1200 famílias do Pinheirinho há um mês sem teto e sem nada? O que se passou com elas? O que será delas daqui pra frente?
Apesar dos tratores, balas, bombas e cacetetes, o Pinheirinho ainda vive. Ele é muito mais do que casas, ruas e comércios. Ele é a história de 9000 pessoas que os que mandam em São Paulo querem tanto apagar. Mas o Pinheirinho resiste. Pois que viva o Pinheirinho. Nós não esquecemos. Nem deixaremos esquecer.
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