quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

As mentiras oficiais contrastam com o que foi possível ser filmado no #Pinheirinho

Dez dias se foram desde a invasão policial do Pinheirinho e apesar de todo o boicote arquitetado e promovido pelo Governo de São Paulo, Prefeitura de São José dos Campos e Polícia Militar paulista, muito foi registrado e está disponível para se entender o que aconteceu naquele maldito dia 22 de janeiro.  Um importante apanhado de videos relevantes sobre o episódio foi publicado pelo blogueiro Tsavkko no portal Global Voices e honestamente merece a visita em especial diante de tantas mentiras oficiais.

O que a posição oficial diz sobre a "operação" é que praticamente não há mortos, não houve agressão policial, houve somente um ferido em toda a ação, não houve excesso, tudo ocorreu dentro da lei, que lei é pra ser cumprida e ponto final.

Já as informações extra-oficiais dizem exatamente o contrário e boa parte delas possuem imagens que corroboram com a contestação da posição de que a invasão é "motivo de orgulho para todos nós" como disse a juíza. O video a seguir foi publicado na conta do YouTube cinelossolidarios e faz uma coletânea do que muitos outros videos já haviam mostrado além de acrescentar importantes depoimentos das vítimas da polícia. O que se vê nele é que:
  1. Há relatos de morte e de ocultamento de corpo feito por moradores, pessoas comuns, trabalhadores que não são lideranças do movimento ou figuras políticas.
  2. Há feridos. O próprio policial que estava no hospital mesmo sem querer dar nenhuma informação falou que mais de 20 deram entrada no hospital.
  3. Houve excessos com a polícia espancando sem nenhum motivo um morador dentro do "campo de concentração" montado para "acolher" os desabrigados. No mesmo campo a polícia passou a atirar nos moradores, soltar bombas, gás de pimenta, levando à parada cardíaca de uma criança.
  4. A imprensa foi impedida de acompanhar o que significa cerceamento do livre direito de ir e vir e da liberdade de imprensa.
Mas espanta no video acima de tudo o relato do morador dizendo que a "A polícia chegou gritando: 'A-ha, U-hu, o Pinheirinho é nosso'". E comove a clareza desse mesmo morador afirmando que "O Pinheirinho não é deles. O Pinheirinho é do povo, do povo que luta" e que a "A gente pode ter perdido essa batalha, mas a guerra, ela continua. E espero que essa guerra seja flores. Que ninguém mais se fira, ninguém mais se machuque. Eu sou um trabalhador e o maior orgulho que tenho é mostrar minha mão calejada".

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